terça-feira, 27 de novembro de 2012

Wet

blablabla
Heroína violenta

    A mercenária Rubi, com sua espada e armas duplas que nunca ficam sem balas, é a grande estrela do game, em uma tentativa de se tornar uma nova Lara Croft. Ela é tão agressiva que não tem dó nem mesmo de perfurar os inimigos nas regiões baixas, o que lhe garante muita pose, mas pouca substância. É difícil se relacionar com a protagonista principalmente por conta do roteiro fraco que se contenta em imitar os diálogos crus e batidos de filmes B de ação, com pouca inteligência ou bom humor.
   
    Na parte da mecânica lembramos logo de jogos como "Max Payne" ou "John Woo's Stranglehold" graças ao forte uso de câmera lenta. Assim como em bons filmes de ação, tais jogos souberam usar o recurso para criar drama e tensão nos combates, em momentos pontuais em que atitudes mais energéticas se mostravam essenciais. Em "Wet" tudo é banalizado e você passa praticamente quase o jogo inteiro em câmera lenta, já que a mecânica espera que até o mais raso capanga seja morto desta forma.  
    Assim, um tiroteio que deveria ser rápido e nervoso se transforma em uma dolorosa sessão de tiro ao alvo; só que alvos praticamente inertes. A espada, acrobacias, upgrades e outras características estão lá mais para fazer volume e pouco fazem para tirar os combates do óbvio.

   A saída encontrada então para agitar mais as coisas foi inserir momentos, digamos, mais cinematográficos. Há alguns trechos chupados diretamente de grandes sucessos do cinema, como uma perseguição de carros que lembra a de "Matrix Reloaded", mas sem o mesmo efeito. Tal sequência, assim como o recurso que deixa Rubi raivosa e mais violenta, por exemplo, são bons para tirar o jogador do torpor causado pela lentidão da ação, mas não são profundos o suficiente para causar surpresa. De certa forma, parecem até obrigatórios diante do material usado como referência pelos desenvolvedores.






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